A saúde dos rins é fundamental para o bom funcionamento do corpo. Eles agem como verdadeiros filtros, eliminando toxinas e equilibrando os níveis de líquidos e eletrólitos no organismo.
Porém, quando esses pequenos órgãos vitais começam a falhar, pode ser necessário recorrer à Terapia Renal Substitutiva (TRS).
Mas você sabe como é diagnosticado uma alteração renal? Quando é indicada uma (TRS)? Quais os tipos?
Neste post, vamos te explicar, de forma simples, tudo o que você precisa saber sobre este assunto complexo.
O que é Terapia Renal Substitutiva?
A Terapia Renal Substitutiva é um conjunto de tratamentos que substituem as funções dos rins quando eles não conseguem mais trabalhar adequadamente. Entre as opções de TRS, temos:
1. Hemodiálise: utiliza uma máquina para filtrar o sangue.
2. Diálise Peritoneal: usa o peritônio, uma membrana do abdômen, para realizar a filtragem.
3. Transplante Renal: substitui os rins comprometidos por um órgão saudável.
Esses tratamentos entram em cena quando os rins perdem cerca de 85% a 90% de sua capacidade funcional, uma condição conhecida como insuficiência renal crônica terminal.
Saiba mais em: Diálise x Hemodiálise: Diferenças, Indicações e Cuidados
Como Identificar Problemas Renais?
Os problemas renais nem sempre apresentam sintomas no início. Isso torna o diagnóstico precoce um verdadeiro desafio.
No entanto, alguns sinais podem indicar que algo não vai bem, como:
- Inchaço nas pernas, tornozelos ou rosto;
- Fadiga constante e sem explicação;
- Urina espumosa ou com alterações no volume;
- Dores nas costas ou na lateral do abdômen;
- Hipertensão difícil de controlar.
Se você notar qualquer um desses sintomas, é hora de procurar um médico.
Saiba mais em: Doenças Renais: Causas, Sintomas, Tratamentos e Prevenção
Agora, vamos detalhar quais exames são feitos para diagnosticar problemas renais e determinar se a Terapia Renal Substitutiva é necessária.
Exames Para Diagnosticar Problemas Renais
Para avaliar a saúde dos rins, os médicos solicitam uma série de exames laboratoriais e de imagem. Vamos falar sobre os mais comuns:
1. Creatinina Sérica
Este exame mede os níveis de creatinina no sangue, uma substância produzida pelos músculos e eliminada pelos rins. Quando os rins estão com problemas, a creatinina se acumula, indicando uma possível disfunção renal.
- Valores normais: entre 0,6 e 1,2 mg/dL (podem variar de acordo com o laboratório).
- O que significa um resultado alterado? Um nível elevado pode ser um sinal de insuficiência renal.
2. Taxa de Filtração Glomerular (TFG)
A TFG é calculada com base nos níveis de creatinina, idade, sexo e outros fatores. Ela indica a eficiência com que os rins filtram o sangue.
- Classificação da função renal:
- Acima de 90: função renal normal.
- Entre 60 e 89: leve redução.
- Abaixo de 15: insuficiência renal grave.
3. Ureia Sérica
A ureia é outro resíduo eliminado pelos rins. Níveis elevados no sangue indicam que os rins não estão funcionando bem.
4. Exame de Urina (EAS)
Este exame avalia:
- Presença de proteínas (proteinúria);
- Sangue na urina (hematúria);
- Alterações no pH;
- Densidade da urina.
A presença de proteínas ou sangue na urina pode ser um sinal precoce de problemas renais.
5. Albuminúria
Este exame mede pequenas quantidades de albumina na urina. A albuminúria é um indicador de lesão renal inicial, mesmo antes de alterações significativas nos exames de sangue.
6. Ultrassonografia Renal
A ultrassonografia é usada para avaliar o tamanho, forma e estrutura dos rins. Também ajuda a identificar cistos, tumores ou obstruções que possam afetar o funcionamento renal.
7. Exames Avançados
- Biópsia Renal: em casos específicos, pode ser necessário retirar uma pequena amostra do tecido renal para análise.
- Tomografia Computadorizada (TC) ou Ressonância Magnética (RM): usadas para diagnósticos mais detalhados.
Quando é Indicada a Terapia Renal Substitutiva?
Agora que você já conhece os exames para detectar problemas renais, como saber se a TRS é necessária?
O médico considera diversos fatores para tomar essa decisão:
1. Taxa de Filtração Glomerular (TFG)
Uma TFG abaixo de 15 mL/min é um forte indicativo de que a função renal está severamente comprometida e a TRS pode ser necessária.
2. Sintomas de Uremia
A uremia ocorre quando as toxinas se acumulam no sangue devido à falha renal. Os sintomas incluem:
- Náuseas e vômitos;
- Confusão mental;
- Cãibras musculares;
- Fadiga extrema.
3. Alterações nos Exames de Sangue e Eletrólitos
- Níveis elevados de potássio (hipercalemia);
- Acúmulo de ácido no sangue (acidose metabólica);
- Retenção de líquidos, causando inchaço e dificuldade para respirar.
Se esses sinais forem confirmados, o médico avaliará se a Terapia Renal Substitutiva deve ser iniciada.
Diagnóstico Precoce: A Chave Para Evitar a TRS
A boa notícia é que, com um diagnóstico precoce, é possível retardar ou até evitar a necessidade de Terapia Renal Substitutiva.
Aqui estão algumas dicas para cuidar da saúde dos seus rins:
1. Controle a Pressão Arterial: hipertensão é uma das principais causas de doença renal crônica.
2. Gerencie o Diabetes: mantenha os níveis de glicose controlados para proteger os rins.
3. Hidrate-se Adequadamente: beber água é essencial, mas sem exageros.
4. Evite o consumo excessivo de sal: O consumo excessivo de sal pode causar problemas renais, como a formação de cálculos renais e o aumento da pressão arterial.
4. Evite o Uso Excessivo de Medicamentos: analgésicos como ibuprofeno e diclofenaco podem sobrecarregar os rins.
5. Faça Check-ups Regulares: exames de rotina ajudam a detectar problemas antes que se tornem graves.
Previna-se!
Os rins desempenham um papel crucial na sua saúde, e manter esses órgãos em bom estado deve ser uma prioridade.
A Terapia Renal Substitutiva é uma solução essencial para quem enfrenta insuficiência renal, mas prevenir sempre será o melhor caminho.
Ao primeiro sinal de problemas ou se você faz parte de um grupo de risco, não hesite em procurar um médico e realizar os exames necessários.
Afinal, cuidar da saúde é o maior investimento que você pode fazer por você mesmo!