Viajar é uma das experiências mais incríveis da vida. Mas, quando o assunto é saúde em viagem internacional, muitos viajantes ainda cometem erros que podem transformar uma experiência inesquecível em um grande pesadelo — e, pior, com custos altíssimos.
Neste artigo, você vai entender os 7 principais erros de saúde que custam caro no exterior, como evitá-los e como escolher o melhor seguro saúde para viagens internacionais, garantindo tranquilidade e economia.
1. Não pesquisar sobre o sistema de saúde do destino
Primeiramente, antes de fazer as malas, você precisa saber se o seu destino exige seguro de viagem internacional ou vacinas específicas.
Muitos países, por exemplo, solicitam o Certificado Internacional de Vacinação (CIVP) contra a Febre Amarela.
Dica: Para saber quais vacinas são exigidas por cada país, acesse como Tirar o Certificado Internacional de Vacinação — CIVP.
Além disso, verifique a lista de medicamentos permitidos. Alguns remédios de uso comum no Brasil podem ser controlados ou até proibidos no exterior.
A assistência médica no exterior também varia muito de país para país.
Por exemplo:
Nos EUA, uma consulta médica custa em média US$ 200, enquanto uma internação pode ultrapassar US$ 10.000.
Já no Reino Unido, o NHS (serviço similar ao SUS brasileiro) oferece cobertura apenas para residentes, e não para turistas.
2. Confiar apenas no plano de saúde nacional
Muitos brasileiros pensam: “Eu tenho um bom plano de saúde no Brasil, estou coberto”. Contudo, a realidade é que a maioria esmagadora dos planos de saúde nacionais não oferece cobertura internacional.
Quando você está fora do país, sem a cobertura adequada, qualquer consulta simples se transforma em um “gasto médico no exterior” inesperado e alto.
Consequentemente, a falta de preparo nesse quesito é o erro que mais custa caro no exterior. É aqui que a prevenção financeira se torna vital para sua saúde em viagem internacional.
Por que o seguro viagem é fundamental, não um acessório
O seguro viagem internacional é a sua rede de segurança. Ele garante que, em caso de necessidade, você terá assistência médica no exterior sem comprometer suas finanças.
Muitas vezes, as pessoas confundem seguro de viagem com plano de saúde.
O seguro não apenas cobre despesas médicas e hospitalares (a famosa cobertura médica), mas também oferece serviços como repatriação sanitária e odontologia de emergência, que podem ter custos astronômicos se pagos do próprio bolso.
3.Ignorar a importância do seguro viagem internacional
Muitos viajantes acreditam que o seguro é opcional. No entanto, países da Europa, como França, Espanha e Alemanha, exigem a contratação de seguro viagem internacional com cobertura médica mínima de 30 mil euros.
Sem ele, você pode ser barrado na imigração ou arcar sozinho com custos médicos no exterior, que chegam facilmente a US$ 5.000 por internação simples.
O seguro viagem é obrigatório para todos os brasileiros que vão visitar qualquer país da União Europeia que faça parte do Tratado de Schengen.
O acordo permite a livre circulação de pessoas entre os países que são membros, possibilitando também que nós brasileiros fiquemos até 90 dias por lá.
A lista é longa e conta atualmente com 26 países, incluindo lugares muito procurados por turistas.
São eles: Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Islândia, Itália, Letônia, Lituânia, Liechtenstein, Luxemburgo, Malta, Noruega, Portugal, Polônia, República Tcheca, Suíça e Suécia.
Não subestime a cobertura: O erro de achar que o mais barato é suficiente
Ao contratar um seguro, é comum que viajantes busquem apenas o plano mais barato para cumprir exigências (como o Tratado de Schengen, que obriga a ter cobertura mínima de 30.000 euros na Europa). Todavia, optar pelo mínimo pode ser um erro colossal.
Considere que uma cirurgia de emergência por apendicite ou uma internação por pneumonia pode consumir rapidamente essa cobertura mínima.
Portanto, o ideal é avaliar o custo de vida e os custos hospitalares do seu destino antes de bater o martelo. Pesquisar sobre o melhor seguro saúde para viagens é um investimento na sua tranquilidade.
| Destino | Custo Médio Diário Hospitalar (Estimativa) | Cobertura Mínima Recomendada |
| EUA | US$ 4.000 a US$ 10.000 | A partir de US$ 60.000 |
| Europa (Schengen) | € 500 a € 1.500 | A partir de € 40.000 |
| Ásia (Sudeste) | US$ 400 a US$ 1.200 | A partir de US$ 40.000 |
Ao fazer a cotação, verifique sempre:
- Limites para doenças preexistentes: Se você tem uma condição crônica, precisa de um plano que garanta esse atendimento.
- Repatriação: Quem paga para você voltar ao Brasil em caso de emergência grave? Esta é uma cláusula fundamental.
- Odontologia: Muitas vezes esquecida, uma dor de dente no exterior é uma emergência real e custosa.
4. Depender exclusivamente do cartão de crédito com seguro viagem
Muitos cartões de crédito premium (Platinum, Black, Infinite) oferecem, sim, seguro viagem com cobertura médica como benefício.
Essa é uma excelente comodidade, mas confiar apenas nela sem ler as letras miúdas é um erro que pode resultar em dor de cabeça e gastos médicos no exterior significativos.
Geralmente, a cobertura do cartão exige que a passagem ou taxas de embarque tenham sido compradas integralmente com ele.
Ademais, as coberturas costumam ser menores e mais burocráticas para acionar do que as de seguradoras especializadas.
Sempre ligue para a central do seu cartão e pergunte: “Qual é a cobertura exata? Preciso emitir um bilhete de seguro específico?” O cartão de crédito com seguro viagem é um ótimo complemento, mas raramente é o plano principal ideal.
5. Esquecer a farmácia de viagem: Sua saúde em viagem internacional na mão
Outro erro comum que pode gerar custos médicos no exterior desnecessários é não levar medicamentos básicos.
Uma simples dor de cabeça, febre ou um mal-estar estomacal podem exigir uma ida à farmácia ou, pior, a um médico, resultando em contas altas.
Lembre-se: O simples fato de precisar comprar um remédio básico no exterior pode ser dispendioso, já que muitos países não vendem alguns medicamentos sem prescrição médica local.
Manter um kit de primeiros socorros adequado é um pilar da sua saúde em viagem internacional.
Portanto, monte seu kit de primeiros socorros de viagem:
- Medicamentos de Uso Contínuo: Leve sempre a quantidade extra e a receita médica em inglês.
- Analgésicos e Antitérmicos: Essenciais para dores e febres leves.
- Antigripais e Antialérgicos: As mudanças de clima e ambientes podem desencadear reações.
- Curativos e Antissépticos: Para pequenos acidentes.
Evite emergências médicas desnecessárias! Clique e confira o checklist completo de medicamentos e cuidados para sua saúde nas viagens.
Esquecer documentos e histórico médico
Outro erro comum é deixar de levar informações médicas essenciais. Em uma emergência, cada minuto conta.
Monte uma pequena pasta com:
Cópia do passaporte;
Cartão do seguro viagem;
Lista de medicamentos em uso (com nomes genéricos);
Contatos de emergência;
Exames ou relatórios recentes, se houver.
Essas informações podem ser decisivas para um atendimento médico internacional mais rápido e eficaz.
Esconder doenças pré-existentes
Muitos viajantes escondem ou omitem condições pré-existentes. Porém, isso pode invalidar o seguro e gerar gastos inesperados.
Verifique se o plano cobre crises relacionadas a doenças preexistentes como hipertensão, diabetes ou asma.
Algumas seguradoras oferecem planos específicos para esse público que pode ser consultado no portal da ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar.
6. Subestimar Jet Lag e desidratação em voos longos
Viagens longas de avião são um teste de resistência para o corpo. Frequentemente, as pessoas ignoram os efeitos da altitude, do ar seco da cabine e da mudança de fuso horário.
O Risco Silencioso da Desidratação
O ar da cabine é extremamente seco, o que aumenta o risco de desidratação. Este erro afeta sua imunidade e agrava o jet lag. Para isso, evite bebidas alcoólicas e café em excesso, e beba bastante água.
Jet Lag e Imunidade
O jet lag, que afeta a sua saúde em viagem internacional, não é apenas cansaço. Ele confunde seu ciclo circadiano, podendo comprometer seu sistema imunológico.
Dessa forma, tente ajustar seus horários de sono gradualmente antes da viagem e exponha-se à luz natural ao chegar para acelerar a adaptação.
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7. Não saber como acionar a assistência médica no exterior
Muitos viajantes, mesmo com o seguro viagem com cobertura médica em mãos, não sabem o procedimento correto para acionar a cobertura.
Em momentos de pânico, isso pode levar a decisões apressadas, como ir ao hospital mais próximo e pagar a conta do próprio bolso, tentando o reembolso depois – um processo demorado e nem sempre garantido.
O Passo a Passo da Segurança
Primeiramente, tenha sempre em mãos (física e digitalmente) os números de contato da seguradora e o número da sua apólice.
Em seguida, antes de buscar atendimento médico internacional (exceto em risco iminente de vida), ligue para a seguradora.
Eles irão te guiar para a clínica ou hospital da rede credenciada, evitando que você tenha que pagar adiantado.
Assim, você garante que a seguradora cuide de toda a burocracia e dos pagamentos diretos com a unidade médica.
Melhor seguro saúde para viagens internacionais
A escolha do seguro viagem internacional depende muito do seu perfil e do tipo de viagem que vai fazer.
Veja abaixo um comparativo dos planos mais populares entre os viajantes brasileiros:
1. Allianz Travel
Cobertura médica: US$ 60.000
Suporte 24h: Sim
Cobertura COVID: Sim
Preço médio (15 dias): R$ 350
2. Assist Card
Cobertura médica: US$ 150.000
Suporte 24h: Sim
Cobertura COVID: Sim
Preço médio (15 dias): R$ 420
3. Affinity
Cobertura médica: US$ 100.000
Suporte 24h: Sim
Cobertura COVID: Sim
Preço médio (15 dias): R$ 310
4. SulAmérica
Cobertura médica: US$ 80.000
Suporte 24h: Sim
Cobertura COVID: Não
Preço médio (15 dias): R$ 390
Saúde em viagem internacional: Dicas extras
Evite alimentos e bebidas de procedência duvidosa;
Use roupas adequadas ao clima para evitar choque térmico e desidratação;
- Use protetor solar e mantenha-se hidratado;
Cheque a rede hospitalar conveniada do seu seguro antes de embarcar;
- Conheça os números de emergência locais.
Essas atitudes simples garantem uma viagem tranquila e sem imprevistos médicos.
Conclusão
Ignorar cuidados básicos com a saúde em viagem internacional pode sair muito caro.
Lembre-se de que o valor de um bom seguro viagem internacional é infinitamente menor do que o custo de um único dia de internação fora do Brasil.
Para evitar os custos médicos no exterior e garantir que você tenha a melhor experiência possível, não hesite em pesquisar e contratar o plano mais adequado.
Perguntas Frequentes (FAQ) sobre Saúde e Seguro Viagem
Para garantir que você esteja totalmente preparado, respondemos às dúvidas mais comuns sobre assistência médica no exterior e seguro viagem.
Qual é o melhor seguro de viagem internacional?
Não existe um único “melhor” para todos, pois a escolha depende do seu destino, idade, duração da viagem e se possui doenças preexistentes.
O melhor seguro saúde para viagens é aquele que oferece uma cobertura médica adequada ao país de destino (principalmente se for para locais com saúde privada cara, como os EUA) e que tenha boa reputação no atendimento ao cliente e na repatriação sanitária.
Recomenda-se comparar as coberturas de diversas seguradoras e ler as avaliações de outros viajantes antes de fechar a compra.
Qual o valor de um seguro para uma viagem internacional?
O preço varia muito. Fatores como a duração da viagem, o destino (Europa, EUA, Ásia) e o nível de cobertura influenciam o preço.
Uma estimativa básica para uma viagem de 10 dias pode variar de R$ 150 a R$ 400. Contudo, quanto maior o limite de cobertura médica, mais caro será o plano.
Lembre-se que este é o valor que te ajuda a evitar custos de saúde em viagens altíssimos.
Quais são as melhores seguradoras de seguro viagem?
Entre as seguradoras mais bem avaliadas no mercado brasileiro e internacional, destacam-se a Assist Card, a Travel Ace, a Allianz Travel e a SulAmérica (muitas vezes em parceria com empresas internacionais).
A reputação de agilidade no atendimento médico internacional é o ponto principal a ser pesquisado.
O Nubank oferece seguro de viagem internacional?
O Nubank, por si só, não oferece um seguro viagem diretamente, mas o cartão de crédito com seguro viagem é um benefício comum em suas versões premium (como o Ultravioleta, que é Black).
No entanto, o seguro é fornecido pela bandeira do cartão (Visa ou Mastercard) e exige que a compra das passagens tenha sido feita com o cartão para que o benefício seja ativado.
Seguro viagem internacional Europa (O Tratado de Schengen)
O seguro viagem internacional Europa é obrigatório para a maioria dos países do Espaço Schengen. A exigência é de uma cobertura mínima de 30.000 euros (ou o equivalente em outra moeda) para despesas médicas e hospitalares.
Sem este seguro, você pode ser impedido de entrar no país.
Como funciona o seguro internacional?
De modo geral, o seguro internacional funciona como um serviço de assistência. Em caso de emergência, você entra em contato com a central de assistência médica no exterior da seguradora.
Eles direcionam você para um médico ou hospital credenciado e se responsabilizam pelo pagamento dos custos médicos no exterior (até o limite da sua apólice).
Em casos de acidentes leves, pode ser que você pague e peça reembolso, mas a modalidade de pagamento direto é a mais comum para casos graves.
Qual o preço do seguro saúde para viagem para os EUA?
Os Estados Unidos possuem um dos custos de saúde mais elevados do mundo. Por isso, os planos de seguro viagem para os EUA são, geralmente, mais caros, e as coberturas recomendadas são mais altas (idealmente acima de US$ 60.000).
O preço pode variar de R$ 300 a R$ 700 para uma viagem de 10 dias, dependendo da abrangência.
Qual plano de saúde é internacional?
Poucos planos de saúde brasileiros oferecem cobertura internacional integral e de forma rotineira. Geralmente, são planos premium ou corporativos específicos.
Na maioria dos casos, quando se fala em atendimento médico internacional, o que se busca é um seguro viagem com cobertura médica, que é um produto diferente e focado na assistência de emergência durante o período específico da sua viagem.
Países onde o seguro viagem é obrigatório
O seguro viagem é obrigatório por lei em vários destinos:
- Europa: Países do Espaço Schengen (Alemanha, França, Itália, Espanha, etc.).
- América do Sul: Venezuela, Equador.
- Outros: Cuba, Rússia.
Contudo, mesmo onde não é obrigatório, o seguro é vital para proteger contra os altos gastos médicos no exterior.
