Como evitar doenças comuns na volta às aulas das crianças

A volta às aulas é sempre um momento emocionante para as crianças — reencontrar os amigos, conhecer novos professores e aprender coisas incríveis. Mas junto com toda essa empolgação, também vem um desafio que preocupa muitos pais: as doenças comuns na volta ás aulas.

Escolas e creches são locais onde vírus e bactérias podem se espalhar rapidamente, e isso acontece por um motivo simples: muita gente junta em um mesmo espaço.

Mas a boa notícia é que existem diversas maneiras eficazes de proteger a saúde das crianças e garantir um retorno seguro às aulas.

Neste post, você vai encontrar dicas práticas e cientificamente comprovadas para evitar as doenças mais frequentes nesse período. Vamos lá?

Doenças Mais Comuns na Volta às Aulas

Antes de falarmos sobre a prevenção, é importante conhecer as doenças mais frequentes nesse período.

Veja quais são as principais e como elas podem afetar seu filho:

1. Gripe e Resfriado

Causas: Vírus transmitidos por gotículas respiratórias.
Sintomas: Febre, coriza, dor de garganta, tosse e cansaço.
Prevenção: Higienização das mãos, vacinação e evitar contato próximo com pessoas doentes.

2. Pediculose (Piolho)

Causas: Contato direto com cabelo de outras crianças infestadas.
Sintomas: Coceira intensa no couro cabeludo e presença de lêndeas (ovos de piolho).
Prevenção: Evitar compartilhar bonés, pentes e escovas; realizar inspeção regular no cabelo da criança.

3. Sapinho (Candidíase Oral)

Causas: Infecção fúngica causada pelo crescimento excessivo da Candida albicans.
Sintomas: Manchas brancas na boca, irritação e dificuldade para engolir.
Prevenção: Boa higiene oral e evitar o compartilhamento de objetos de uso pessoal.

4. Síndrome Mão-Pé-Boca

Causas: Vírus Coxsackie, transmitido pelo contato com secreções contaminadas.
Sintomas: Lesões ou bolhas nas mãos, pés e boca, febre e irritabilidade.
Prevenção: Lavar bem as mãos e evitar contato com crianças infectadas.

5. Estomatite

Causas: Vírus e bactérias presentes no ambiente escolar.
Sintomas: Feridas dolorosas na boca, febre e dificuldade para se alimentar.
Prevenção: Boa higiene oral e imunidade fortalecida.

6. Dor de Garganta (Amigdalite)

Causas: Infecções virais ou bacterianas, como estreptococo.
Sintomas: Dor ao engolir, febre e mau hálito.
Prevenção: Evitar contato próximo com pessoas doentes e manter uma alimentação saudável para reforçar a imunidade.

Agora que você conhece as doenças mais comuns, vamos falar sobre como preveni-las!

1. Higiene das Mãos: A Primeira Linha de Defesa

Lavar as mãos pode parecer algo simples, mas é uma das formas mais eficazes de prevenir doenças.

Estudos indicam que lavar as mãos corretamente pode reduzir em até 40% o risco de infecções gastrointestinais e respiratórias, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

As crianças devem lavar as mãos em momentos-chave, como:

Antes e depois das refeições;
Após ir ao banheiro;
Depois de brincar ao ar livre;
Após tocar objetos compartilhados, como brinquedos e materiais escolares.

Dica prática: Ensine seu filho a lavar as mãos de forma divertida! Cantar uma música enquanto lava as mãos ajuda a garantir que ele cumpra os 20 segundos recomendados para uma limpeza eficaz.

Além disso, é importante carregar um frasco pequeno de álcool em gel, especialmente para os momentos em que não há pia por perto.

2. Vacinação em Dia: A Melhor Prevenção

Você sabia que a imunização é uma das formas mais eficazes de proteger as crianças contra diversas doenças? O Ministério da Saúde recomenda manter o calendário vacinal atualizado, especialmente com vacinas como:

Influenza (gripe): reduz o risco de complicações respiratórias;
Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola): evita surtos em escolas;
Meningocócica: protege contra meningites bacterianas;
Hepatite A e B: fundamentais para a saúde do fígado.

Dica importante: Se você não tem certeza se as vacinas estão em dia, procure o posto de saúde mais próximo para conferir a caderneta de vacinação do seu filho.

3. Alimentação Balanceada para Fortalecer a Imunidade

Uma alimentação saudável é essencial para que o corpo tenha forças para se defender de vírus e bactérias.

O ideal é oferecer refeições ricas em vitaminas e minerais essenciais, como:

Vitamina C: encontrada em frutas como laranja, acerola e kiwi, que ajudam a fortalecer o sistema imunológico.
Zinco: presente em carnes, nozes e cereais integrais, auxilia na resposta imune do organismo.
Probióticos: iogurtes naturais e kefir ajudam a equilibrar a flora intestinal, que é fundamental para a imunidade.

Dica prática: Inclua lanches saudáveis na lancheira escolar, como frutas, castanhas e alimentos ricos em proteínas, evitando produtos industrializados ricos em açúcar e conservantes.

4. Hidratação Adequada: O Corpo Precisa de Água para se Proteger

A água é essencial para todas as funções do organismo, incluindo a defesa contra infecções. A desidratação pode enfraquecer o sistema imunológico e aumentar o risco de doenças.

Crianças em idade escolar devem consumir, em média, 1,5 a 2 litros de água por dia, dependendo da idade e do nível de atividade física.

Dica prática: Incentive o uso de garrafinhas de água personalizadas para que a criança se lembre de beber água regularmente.

Saiba mais em: Quantos litros de Água Preciso Beber por Dia?

5. Sono de Qualidade: O Aliado da Imunidade

Dormir bem é essencial para a recuperação do corpo e fortalecimento do sistema imunológico. Estudos mostram que crianças que dormem o suficiente têm menos chances de pegar gripes e resfriados.

A quantidade ideal de sono varia conforme a idade:

Crianças de 6 a 12 anos: 9 a 12 horas por noite
Adolescentes: 8 a 10 horas por noite

Dica prática: Crie uma rotina noturna relaxante, sem exposição a telas pelo menos uma hora antes de dormir.

6. Cuidados com o Material Escolar e Objetos Pessoais

A troca constante de materiais como lápis, borrachas e livros pode ser uma forma de transmissão de germes. Ensine seu filho a não compartilhar objetos de uso pessoal, como:

Copos e garrafinhas de água;
Talheres e lanches;
Máscaras faciais (se ainda forem recomendadas).

Dica prática: Faça uma limpeza regular do material escolar com lenços desinfetantes ou uma solução de álcool.

7. Roupas Adequadas para Evitar Mudanças Bruscas de Temperatura

Mudanças de temperatura podem enfraquecer a imunidade e favorecer doenças respiratórias, como gripes e resfriados.

Na volta às aulas, escolha roupas adequadas para o clima, como:

Camadas leves que podem ser adicionadas ou removidas;
Agasalhos para locais com ar-condicionado;
Bonés e protetor solar para atividades ao ar livre.

8. Prática de Atividade Física Regular

O exercício físico fortalece o sistema imunológico e ajuda a reduzir o estresse infantil, outro fator que pode enfraquecer as defesas do organismo.

Crianças devem se movimentar pelo menos 60 minutos por dia, seja brincando ao ar livre, praticando esportes ou participando de atividades recreativas.

Dica prática: Incentive atividades lúdicas como andar de bicicleta, pular corda ou brincar no parque.

9. Atenção aos Primeiros Sintomas: Quando Ficar em Casa

Mesmo com todas as precauções, é possível que as crianças fiquem doentes. Se seu filho apresentar sintomas como:

Febre;
Tosse persistente;
Espirros constantes;
Cansaço extremo;

É importante que ele fique em casa para evitar a propagação de doenças para os colegas.

Dica prática: Mantenha uma comunicação aberta com a escola para relatar qualquer sintoma e seguir as recomendações médicas.

10. Saúde Emocional Também é Importante

A ansiedade e o estresse da volta às aulas podem impactar diretamente o sistema imunológico das crianças. O retorno à rotina escolar pode ser desafiador, por isso, ofereça apoio emocional e incentive conversas abertas sobre os sentimentos delas.

Dica prática: Estabeleça uma rotina organizada e inclua momentos de lazer para ajudar na adaptação.

Conclusão

A volta às aulas pode ser uma experiência segura e saudável se tomarmos alguns cuidados simples, mas essenciais.

Prevenção é sempre o melhor remédio! Mantendo uma boa higiene, alimentação balanceada e sono de qualidade, é possível reduzir significativamente as chances de adoecimento.

Agora que você já sabe como proteger seu filho, compartilhe essas dicas com outros pais e garanta que toda a turma comece o ano com o pé direito!