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Infecção urinária: conheça seus sintomas e como prevenir

Infecção de Urina

Você já sentiu aquele desconforto ao urinar, acompanhado de ardência, vontade constante de ir ao banheiro e, às vezes, até dor nas costas? Esses são sinais claros de que seu corpo pode estar enfrentando uma infecção urinária. E, acredite, esse problema é mais comum do que parece.

Mas fique tranquilo. Neste artigo, você vai entender o que é a infecção urinária, quais são os sintomas, como é feito o diagnóstico, os tratamentos indicados e, principalmente, como prevenir infecções urinárias recorrentes.

 

O que é infecção urinária?

A infecção urinária, também chamada de infecção do trato urinário (ITU), ocorre quando microrganismos, principalmente bactérias, invadem qualquer parte do sistema urinário, que inclui:

  • Rins

  • Ureteres

  • Bexiga

  • Uretra

Na maioria dos casos, o problema surge na bexiga e na uretra, sendo chamada de cistite. Quando atinge os rins, a infecção é mais grave e recebe o nome de pielonefrite.

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia, a infecção urinária é uma das infecções bacterianas mais comuns na população, afetando principalmente mulheres devido à anatomia do trato urinário feminino, que é mais curto e facilita a entrada de bactérias.

 

Causas da infecção urinária

O principal agente causador da infecção urinária é a bactéria Escherichia coli (E. coli), que vive normalmente no intestino. No entanto, quando ela migra para a uretra e a bexiga, pode causar infecção.

Além disso, outros fatores contribuem para o desenvolvimento da ITU, como:

  • Má higiene íntima

  • Prender o xixi por muito tempo

  • Baixa ingestão de água

  • Relações sexuais sem higiene adequada

  • Uso de roupas muito apertadas e de tecidos sintéticos

  • Alterações hormonais, especialmente na menopausa

  • Gravidez

  • Uso de cateter urinário

  • Sistema imunológico enfraquecido

 

 

Sintomas da infecção urinária

Os sintomas variam conforme a parte do trato urinário afetada. Confira os sinais mais comuns:

 

Infecção na bexiga (Cistite)

  • Ardência ao urinar

  • Urgência e frequência urinária aumentada

  • Urina turva e com cheiro forte

  • Dor na parte inferior do abdômen

  • Sensação de esvaziamento incompleto da bexiga

  • Pequenas quantidades de sangue na urina (hematúria)

 

Infecção nos rins (Pielonefrite)

  • Febre alta

  • Calafrios

  • Náuseas e vômitos

  • Dor intensa nas costas ou na lateral do abdômen

  • Mal-estar generalizado

Se você perceber sinais como febre, dor lombar e mal-estar intenso, busque ajuda médica imediatamente, pois isso indica que a infecção pode ter alcançado os rins, representando um quadro mais sério.

 

Como é feito o diagnóstico da infecção urinária?

Infecção de Urina
Imagem: Freepik

O diagnóstico da infecção urinária é simples e rápido. O médico, geralmente um urologista, ginecologista ou clínico geral, irá solicitar alguns exames para confirmar o quadro, como:

  • Exame de urina tipo 1: identifica a presença de leucócitos, nitrito e hemácias.

  • Urocultura: detecta a bactéria causadora da infecção e permite escolher o antibiótico mais eficaz.

  • Exames de sangue: nos casos mais graves, como pielonefrite.

  • Ultrassonografia ou tomografia: se houver suspeita de complicações, cálculos renais ou infecções recorrentes.

 

 

Tratamento da infecção urinária

O tratamento varia de acordo com o tipo e gravidade da infecção. Na maioria dos casos, é feito com antibióticos orais, sempre prescritos por um profissional de saúde após avaliação e exames.

Além dos antibióticos, também podem ser indicados:

  • Analgésicos para aliviar a dor e o desconforto ao urinar.

  • Anti-inflamatórios, se houver dor pélvica ou lombar.

  • Hidratação intensa para ajudar na eliminação da bactéria pela urina.

É fundamental seguir corretamente o tratamento até o final, mesmo que os sintomas desapareçam antes. A interrupção precoce pode fazer com que a infecção retorne e, pior, gere resistência bacteriana.

Em casos de pielonefrite, pode ser necessário o uso de antibióticos venosos, internação e acompanhamento rigoroso.

 

Tratamento natural é eficaz?

Apesar de muitos acreditarem em tratamentos caseiros, como chás e sucos, eles não substituem o uso dos antibióticos. No entanto, podem ser aliados, auxiliando na hidratação e no alívio dos sintomas.

 

Riscos da infecção urinária não tratada

Ignorar os sintomas ou não tratar corretamente pode levar a complicações sérias, como:

  • Pielonefrite (infecção nos rins)

  • Sepse urinária (infecção generalizada)

  • Lesões renais permanentes

 

 

Infecção urinária recorrente: quando se torna um problema crônico?

Se você já sofreu com infecções urinárias, sabe exatamente o quanto isso pode ser desconfortável e até incapacitante. E quando essas infecções se tornam recorrentes, o problema se transforma em uma verdadeira dor de cabeça — e de bexiga.

A infecção urinária é considerada recorrente quando ocorre duas ou mais vezes em um período de seis meses, ou três ou mais episódios no período de um ano, segundo critérios estabelecidos pela Associação Americana de Urologia (AUA).

Quando isso acontece, é sinal de que há fatores de risco persistentes que precisam ser investigados e, sobretudo, corrigidos.

 

Como prevenir infecções urinárias recorrentes de forma eficiente?

Agora sim, vamos ao que realmente interessa: como se proteger desse problema de forma natural, segura e eficaz. Confira as principais estratégias.

 

1. Hidrate-se de forma adequada

Parece simples, mas muita gente negligencia esse hábito. Beber água ajuda a diluir a urina, diminui a concentração de bactérias e auxilia na sua eliminação.

Saiba mais em: Qual a quantidade de água devemos beber por dia?

 

2. Urinar após as relações sexuais

Durante o ato sexual, é comum que bactérias presentes na região genital sejam empurradas em direção à uretra. Urinar logo após a relação ajuda a eliminar essas bactérias, reduzindo significativamente o risco de infecção.

Segundo a clinica Uroville  essa prática simples tem alta eficácia na prevenção de infecções recorrentes.

 

3. Atenção à higiene íntima

  • Sempre limpar da frente para trás após evacuar, evitando a migração de bactérias do ânus para a uretra.

  • Evitar o uso de duchas vaginais e sabonetes perfumados na região íntima, pois podem alterar a microbiota local.

  • Usar roupas íntimas de algodão, que facilitam a ventilação e evitam a umidade excessiva.

 

4. Não segurar o xixi

Adiar a ida ao banheiro favorece a proliferação de bactérias na bexiga. Sempre que sentir vontade, vá ao banheiro o quanto antes. Além disso, tente urinar a cada três horas, mesmo sem sentir muita vontade.

 

5. Inclua probióticos na sua rotina

Probióticos específicos para saúde urinária e vaginal, como os que contêm Lactobacillus rhamnosus e Lactobacillus reuteri, ajudam a equilibrar a microbiota, criando um ambiente hostil para bactérias patogênicas.

Uma revisão sistemática publicada no Journal of Urology destaca que o uso de probióticos reduz significativamente os episódios de infecção urinária recorrente.

 

 

6. Controle de doenças crônicas

Doenças como diabetes, quando descontroladas, aumentam significativamente o risco de infecções urinárias. Portanto, manter os níveis glicêmicos sob controle é essencial.

 

7. Cuidados durante a menopausa

A queda nos níveis de estrogênio na menopausa altera o pH vaginal e favorece a proliferação de bactérias nocivas. A terapia local com estrogênio, sob orientação médica, pode ajudar a prevenir infecções urinárias nesse período.

 

8. Evite antibióticos desnecessários

O uso recorrente de antibióticos sem necessidade destrói as bactérias benéficas da microbiota, deixando o organismo mais vulnerável. Sempre utilize sob prescrição médica.

 

9. Acompanhamento médico regular

Se você sofre com infecções urinárias recorrentes, é fundamental buscar um urologista ou ginecologista. Muitas vezes, a realização de exames de imagem, como ultrassom ou cistoscopia, pode identificar anormalidades que contribuem para o problema.

 

Tratamentos preventivos: quando são necessários?

Em casos mais severos, o médico pode prescrever:

  • Antibióticos profiláticos de baixa dose, por períodos de 3 a 6 meses.

  • Profilaxia pós-coito, ou seja, o uso de antibiótico apenas após relações sexuais, para quem tem infecções associadas ao sexo.

  • Uso contínuo de probióticos e fitoterápicos.

A decisão deve ser sempre médica, levando em conta riscos e benefícios.

 

Grupos de maior risco para infecção urinária

  • Mulheres (sobretudo em idade fértil)

  • Idosos

  • Gestantes

  • Crianças pequenas

  • Pessoas com diabetes

  • Usuários de sondas urinárias

  • Pacientes imunossuprimidos (HIV, quimioterapia, etc.)

 

Quando procurar um médico?

Sempre que você apresentar:

  • Dor intensa ao urinar

  • Febre acima de 38ºC

  • Dor lombar

  • Vômitos associados aos sintomas urinários

  • Sangue na urina

  • Infecções urinárias que se repetem com frequência

Atenção: A automedicação pode agravar o quadro e tornar as bactérias mais resistentes. Portanto, busque sempre a orientação de um profissional de saúde.

 

 

FAQ – Perguntas frequentes sobre infecção urinária

 

1. Infecção urinária pode ser grave?

Sim, se não for tratada pode evoluir para pielonefrite (infecção nos rins) e até sepse, colocando a vida em risco.

 

2. É verdade que prender o xixi causa infecção?

Sim. Prender a urina por muito tempo favorece a multiplicação de bactérias na bexiga.

 

3. Cranberry realmente ajuda na prevenção?

Estudos mostram que o cranberry pode ajudar a reduzir infecções urinárias recorrentes, mas não substitui o tratamento médico.

 

4. Homens também podem ter infecção urinária?

Podem sim, embora seja menos comum. Geralmente está associada a problemas na próstata ou obstruções.

 

5. A infecção urinária passa de pessoa para pessoa?

Não. Ela não é considerada uma doença sexualmente transmissível, mas o ato sexual pode facilitar a entrada de bactérias na uretra.

 

6. Antibiótico é sempre necessário?

Na maioria dos casos, sim. A infecção urinária é uma infecção bacteriana que precisa ser tratada com antibióticos adequados, prescritos por um médico.

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